No ano em que comprei .Hack//Infection

Por: João Canelo

Devia estar em 2004, se não me engano. As férias de verão já iam a meio, tinha menos uns quilos, o calor ainda não me deixava irritado e sonhava em ser o melhor realizador de cinema português – sonhava de olhos abertos. Foi no mesmo ano que comecei a estender as minhas noites para lá da 1 da manha, com a internet a transformar-se num vício crescente. Foi também o ano em que fiquei até à meia-noite e meia para ver o videoclip da Obstacle 1, dos Interpol. O raio da música dava sempre à mesma hora, bons tempos.

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Entrevista Glitch – Frank O’Connor (343 Industries)

A espera não foi muito grande, mas Halo 5: Guardians chegou finalmente à Xbox One há coisa de meio mês e pude finalmente voltar a jogar com o Master Chief e companhia.

Terminado o jogo, fiquei mais empolgado com o próximo capítulo do que com vontade de voltar a jogar a campanha (que vou obviamente fazer). Com muitos pontos positivos e outros de fazer coçar a cabeça, aqui no Glitch decidimos falar com o Diretor de Produção da saga Halo, Frank O’Connor, e tentar perceber como a 343 Industries trabalha para construir este enorme puzzle com todas as suas histórias e episódios do universo Halo, o que é importante para os videojogos e como é que podem agradar aos seus fãs com algumas surpresas.

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Politicamente correcto | sexo, raça e rock ‘n’ roll

O mundo é injusto. Isto podia ser o início de uma entrada no diário de um (ou uma) adolescente com problemas amorosos ou familiares, mas não é. É apenas um sentimento que imagino que não seja raro entre uma boa fatia da comunidade gamer global. Mais especificamente, falo de qualquer jogador que não seja um homem branco. Volta e meia, as redacções lembram-se de discutir o tópico da discriminação na indústria. Por vezes a discussão foca-se no sexo (ainda se lembram do Gamergate?), por vezes na raça, por vezes é um buffet, uma espécie de happy hour (ladies’ night seria ofensivo) no que a debates sobre discriminação diz respeito. Continuar a ler “Politicamente correcto | sexo, raça e rock ‘n’ roll”

A sério Ubisoft?

Há um problema grave de género nos videojogos. Um problema que, por mais que me custe admitir, se centra em algo simples: a indústria não sabe muito bem como incluir as mulheres.

Percebo, em parte, que falemos de um boysclub onde entraram miúdas, assim, sem mais nem menos. O que até é normal e, em parte, compreensível. O que não é normal é que a indústria não trabalhe para mudar isto.

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